A campanha Performance Max (PMax) é uma das maiores apostas do Google nos últimos anos. Com uma abordagem baseada em inteligência artificial, ela promete simplificar a gestão e entregar resultados em múltiplos canais com um único esforço.
Mas atenção: embora pareça simples, quem roda sem entender os bastidores da estratégia pode acabar desperdiçando verba e dados preciosos.
Neste artigo, você vai aprender:
- Quando usar a Performance Max;
- Como estruturá-la de forma estratégica;
- Os erros mais comuns;
- Hacks avançados que só quem testa sabe;
- Como fazer uma boa análise de dados.
Quando usar Performance Max (e quando não)
Use PMax quando:
- Você quer explorar múltiplas redes com escala rápida (Search, YouTube, Display, Gmail, Maps)
- Já tem um bom histórico de conversões no pixel do Google Ads
- Tem uma boa base de criativos (imagens, vídeos, textos) e quer deixar o machine learning trabalhar com liberdade
- Vende produtos com catálogo amplo, como e-commerces integrados ao Merchant Center
Evite PMax quando:
- Você está começando uma conta do zero (sem dados)
- Seu objetivo é branding ou posicionamento de marca (ela é focada em performance)
- Você não consegue produzir variações criativas (PMax exige muito material)
Como estruturar sua campanha de forma estratégica
Estruturar uma Performance Max vai além de “jogar tudo no Google e deixar rolar”, por isso, desenvolvemos aqui tudo o que você precisa fazer:
1. Defina a meta de conversão correta
Antes de tudo, verifique se a conversão principal está configurada corretamente (ex: compra, lead qualificado). Evite conversões duplicadas ou eventos irrelevantes.
2. Crie asset groups segmentados
Não agrupe produtos diferentes em um só grupo de ativos. Mas use segmentação por categoria, intenção ou público. Exemplo:
- Grupo 1: Produtos femininos – com criativos voltados para mulheres;
- Grupo 2: Produtos masculinos – com CTA e imagens específicas.
3. Alimente com bons criativos
A IA só funciona bem se você entregar materiais de qualidade, por isso:
- Título chamativo;
- Descrições persuasivas;
- Vídeos curtos (até 30s) e verticais (para YouTube Shorts e Display);
- Imagens em diversos formatos.
4. Use audience signals (sinais de público)
Eles não limitam o alcance, porém orientam o algoritmo. Use:
- Públicos personalizados (quem buscou X termos);
- Públicos de engajamento (site, canal YouTube, app);
- Dados demográficos se for relevante (ex: mães, donos de empresas, etc.).
Erros comuns que destroem resultados
❌ Não segmentar bem os produtos
Misturar tudo em um só asset group atrapalha a leitura e a entrega.
❌ Não adicionar vídeo
Se você não sobe vídeo, o Google cria um automático (geralmente feio e pouco persuasivo). Por essa razão, sempre tenha vídeos próprios.
❌ Deixar tudo na mão do algoritmo sem revisar
Performance Max precisa de acompanhamento. Afinal, confie, mas verifique. E não se esqueça de usar comparações com outras campanhas para validar.
❌ Criar muitas campanhas PMax concorrentes
Elas competem entre si, por esse motivo acaba dificultando a otimização. Ou seja, priorize uma campanha bem estruturada e depois escale com variações testadas.
Como analisar os dados de Performance Max
A grande crítica da PMax é a falta de transparência nos dados. No entanto, aqui vão 3 formas de contornar isso:
1. Use os relatórios de Insights da campanha
- Veja os termos de pesquisa mais relevantes
- Veja os públicos de maior desempenho
- Analise tendências semanais
2. Compare conversões por página de destino no GA4
Isso mostra quais URLs estão realmente gerando resultados e te ajuda a entender o que está por trás da IA.
3. Monitore com ROAS e Margem
Não adianta só ROAS alto. Portanto, combine com margem por categoria ou SKU e veja se está vendendo produtos lucrativos.
Conclusão: PMax é poderosa, mas exige inteligência
Performance Max não é um “piloto automático”, mas é uma ferramenta poderosa nas mãos de quem entende o jogo. Concluímos que quando usada com estratégia, ela traz escala, otimização e alta performance.
Mas exige: bons criativos, estrutura inteligente e análise constante. Ou seja, é preciso um trabalho conjunto: homem e máquina.
Marketing precisa ser intencional. E com o Google Ads, isso é ainda mais verdade.